terça-feira, 30 de março de 2010

Processo de litografia

Apresentação do processo da litografia. A apresentação é da Profa. Me. Miriam Tolpolar, que ministra aulas na oficina do Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre - RS.



Fonte: sergiobohrer

Kindle de presente, concurso promovido pela rede ALE combustíveis

Quero participar do concurso Liberte sua Biblioteca. O que preciso fazer?Para participar do concurso você só precisa libertar livros; o participante que libertar a maior quantidade de livros ganha o Kindle.Para libertar um livro, é preciso se cadastrar no site do projeto Livro Para Voar (http://livroparavoar.com.br/) e inserir alguns dados de cada livro a ser libertado, como título e autor.2. Onde posso deixar os livros libertados?Fique com eles durante o período do concurso. Se você for o participante que tiver libertado o maior número de livros, a ALE vai na sua casa buscar todos e levar o seu prêmio – um e-reader Kindle DX.3. O que é o projeto Livro Para Voar?Livro Para Voar é um projeto da ALE Combustíveis que promove o bookcrossing, ou seja, a troca de livros: você pode libertar livros que já leu e encontrar outros que gostaria de ler, sem pagar nada.Para libertar um livro, é preciso cadastrar-se no site e registrá-lo, fornecendo algumas informações sobre o livro (título, autor, nome de quem o está libertando) e sobre o local onde ele será libertado. Você pode deixar os livros libertos em pontos de troca da ALE ou em praças, restaurantes, estações de metrô, qualquer lugar. O importante é registrar o local onde o livro for deixado para que os leitores interessados em lê-lo possam encontrá-lo.4. Posso libertar qualquer tipo de livro para o concurso Liberte sua Biblioteca?Não serão contabilizados para o concurso livros didático, enciclopédias, jornais, revistas ou suplementos informativos de quaisquer espécie. Serão aceitos concurso apenas livros em boas condições, com todas as páginas, capa e contra-capa.

Conheça o projeto Livro Para Voar: http://livroparavoar.com.br/como-funciona/O concurso é válido do dia 18/03/2010 até dia 12/04/2010

quinta-feira, 25 de março de 2010

Cadeira Livro


Cadeira Livro, 1970. Espuma de poliuretano, vinil e de aço, 37 1 / 2 x 32 1 / 2 x 48 "(95,3 x 82,6 x 121,9 cm).

Surpreendente Cadeira Livro no Moma. Criada em 1970 pelas empresas de design italiano Gruppo DAM e Studio Gruppo 14.

Os 10 almofadas ajustáveis, assim você pode encontrar o seu nível de conforto perfeito durante a leitura.

terça-feira, 23 de março de 2010

Alfabeto em livros

Muito legal!




Fonte: Book Patrol

Spoonya

SPOONYA

Criação da Sturlesi Design. Produzida em madeira compensada e a parte interna de espuma em polietileno.




Fonte: Bookshelf

sexta-feira, 12 de março de 2010

Literatura de Cordel ganha prêmio após regulamentação da profissão

Poetas, editores, produtores e pesquisadores que atuam com as culturas populares agora têm um prêmio de incentivo a suas produções. É a primeira ação de incentivo ao segmento desde a regulamentação da profissão, desde 14 de janeiro. O Ministério da Cultura lançou ontem à noite (11), o Edital Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010 – Edição Patativa de Assaré que fará a seleção de 200 iniciativas culturais vinculadas à criação e produção, pesquisa, formação e difusão da Literatura de Cordel e linguagens afins, a exemplo da xilogravura, do repente, do coco e da embolada. Estão orçados R$ 3 milhões, distribuídos entre as iniciativas contempladas. As inscrições encerram-se dia 26 de abril de 2010.

Fonte: MinC/Neila Baldi

sexta-feira, 5 de março de 2010

José Mindlin, o início de uma paixão

José Mindlin 1914-2010



fonte: Pesquisa/FAPESP

terça-feira, 2 de março de 2010

A generosidade do 'livreiro-mor'

Lilia Moritz Schwarcz*

"Bibliotecas sempre deram muito o que falar. Grandes monarquias jamais deixaram de possuir as suas, e cuidavam delas, estrategicamente. Afinal, dotes de princesas foram negociados tendo livros como objetos de barganha; tratados diplomáticos versaram sobre essas coleções. Os monarcas portugueses, após o terremoto que dizimou Lisboa, se orgulhavam de, a despeito dos destroços, terem erguido uma grande biblioteca: a Real Livraria. D. José chamava-a de joia maior do tesouro real; isso nos tempos fartos do ouro que vinha do Brasil.

Já d. João VI, mesmo na correria da partida para o Brasil, não esqueceu dos livros. Em três diferentes levas, a Real Biblioteca aportou nos trópicos, e foi até mesmo tema de disputa. Nos tratados de independência de 1825, a Livraria constou como segundo item de uma extensa conta que o Brasil assumia, com o objetivo de conseguir a emancipação. Nas palavras de Pedro I, pagávamos por tradição e pelo prestígio que os livros trazem consigo. Livros carregam conhecimento, são símbolo de cultura, de liberdade e da verdadeira emancipação; que é, antes de mais nada, filosófica e espiritual.

Escrevo estas linhas sob impacto da morte de nosso "livreiro-mor", o querido dr. José Mindlin como todos o chamavam por intimidade, respeito e merecimento. Dr. Mindlin era o mais generoso e dadivoso dos "bibliotecários".

Os transeuntes que resolvessem passar defronte de uma pacata rua no bairro paulistano do Brooklin, com certeza não teriam motivos para se deter diante de uma discreta casa murada. No entanto, para os mais privilegiados, a aventura mal começava. Era lá que dr. Mindlin mantinha seu mundo feito de livros; uma ilha perdida, um oásis da cultura.

Após ter acesso ao interior da casa, o visitante cumpria um delicioso ritual, prontamente liderado por esse "bibliotecário" especial. Era ele quem recebia à porta ? sempre com seu sorriso farto. Era também ele quem levava o convidado até uma simpática sala; tomada por tapetes, quadros, e (claro) livros.

A primeira etapa do ritual era cumprida lá mesmo: entre um café e outro, ao lado da d. Guita enquanto ela esteve presente, dos filhos e netos orgulhosos, ou ainda da Cristina, sua fiel ajudante na biblioteca. Como num cerimonial, Mindlin abria um exemplar a esmo. Poderia ter nas mãos um romance do século 19, um incunábulo do 16, um original de Guimarães Rosa.

Nenhum livro era apenas um livro; era antes um objeto de estima, de reflexão, de amizade íntima. Contava como tinha obtido o livro em questão, narrava de maneira viva especificidades ou curiosidades, e só então fechava o exemplar, para seguir com outro.

Ultrapassada a fase do cafezinho, era chegada a grande hora: adentrar o espaço sagrado da biblioteca, a qual, reformada, enchia os olhos de nosso "livreiro" do mais sincero orgulho. Ela era sagrada não porque intocável. O motivo era de outra ordem: a coleção significava o resumo de uma vida repleta da mais genuína dedicação aos livros.

Um simpático jardim separava a sala da biblioteca propriamente dita, como se fosse preciso passar por uma etapa para ganhar outra. Já na biblioteca, o tempo voava. Diferente de outros "livreiros", que por costume, segurança ou medo não tentam facilitar o acesso aos livros, o dr. José ajudava a tudo e a todos. Não havia documento que não pudesse ser pesquisado; obra que estivesse impedida de ser consultada.

Tal generosidade estava presente nos pequenos hábitos. Enquanto pôde (e mesmo quando, de fato, não podia mais), ele era sempre o primeiro na fila dos lançamentos. E chegava logo com 3 ou 4 exemplares: um para si, outro para a biblioteca, os outros... quem sabe.

O tempo é um senhor implacável do destino e nos tolheu da convivência com essa personagem que já era a cara de São Paulo. Uma Pauliceia com mais tempo, erudição, afeto.

Diante do inevitável, me veio à cabeça uma frase utilizada na Inglaterra e na França, imediatamente após a morte de seus reis. Em vez de ficarem com a tragédia, os súditos preferiam anunciar a perenidade, e em alto e bom som diziam: "Morto o rei, viva o rei."

Vida longa dr. José Mindlin. Que os livros o acompanhem e garantam muita diversão e excelente leitura. Agora e sempre."



* É professora do Departamento de Antropologia da USP e autora, entre outros, de A longa viagem da biblioteca dos reis, pela Companhia das Letras.

Fonte: Estadão - reprodução

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